Publicado em: 10/06/2024 12:54:17
Em seu estudo, Flávia Geovana analisa saúde pública, doenças tropicais e tecnologias para o trabalho em saúde
Graduada em Ciências Biológicas e mestra em Biologia Experimental pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR), a pesquisadora Flávia Geovana Fontenele Rios, atualmente doutoranda pela Fiocruz Rondônia, estuda a relação entre parasitas e hospedeiros no contexto de mosquitos domésticos na Amazônia. Seu trabalho foi publicado na revista francesa Microbes and Infection e é destaque na Capes.
Flávia comenta que, durante a graduação na UNIR, sempre buscou se envolver em projetos de pesquisa e participar de eventos científicos. Nesse período, foi bolsista da Capes pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), e afirma: “o financiamento foi essencial para que eu pudesse conduzir meus estudos durante toda a minha formação e tem sido imprescindível para que eu possa seguir fazendo ciência no País". Acesse aqui a entrevista completa com a pesquisadora.
Sobre o estudo – A pesquisa de Flávia faz parte de um macroprojeto de saúde única intitulado Saúde Única dos Igarapés de Porto Velho – SUIgPVH, financiado pela Capes. Este projeto tem como objetivo catalogar espécies da fauna e flora e propor políticas públicas para a vigilância em saúde humana, animal e ambiental (Saúde Única) nas áreas de estudo.
Os mosquitos são considerados os artrópodes de maior importância em relação à transmissão de doenças, pois podem participar do ciclo de transmissão de patógenos causadores de doenças parasitárias e infecções virais para os humanos e animais, sendo responsáveis por cerca de 17% de todas as doenças infecciosas, trazendo grandes problemas para o serviço de saúde pública.
A pesquisa em Porto Velho, Rondônia, visa identificar possíveis vetores de doenças como dengue, zika e malária, utilizando ferramentas como Xenomonitoramento molecular e cartão FTA para detectar arbovírus e protozoários. O Xenomonitoramento permite rastrear patógenos presentes no sangue encontrado no conteúdo abdominal dos mosquitos, enquanto o cartão FTA coleta a saliva dos mosquitos para posterior detecção de patógenos.
Além disso, o estudo busca identificar a fonte alimentar dos mosquitos, a fim de entender seu comportamento alimentar e seu papel na transmissão de doenças. A pesquisa tem potencial para fornecer informações importantes sobre a circulação de patógenos e os possíveis hospedeiros de doenças infecciosas.
Cartilha com informações para a população – Durante a vigência da pesquisa, atividades de educação ambiental e saúde têm sido realizadas para a comunidade. Uma cartilha sobre insetos de interesse médico foi produzida e está disponível tanto digitalmente neste link quanto em exemplares físicos distribuídos para moradores próximos aos igarapés e escolas públicas locais.
A publicação tem o intuito de difundir o conhecimento sobre os vetores presentes nessas áreas e promover a sensibilização dos moradores quanto às medidas de controle mecânico, que envolve a redução ou eliminação dos criadouros de mosquitos. Esta é considerada a principal forma para combater o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya e outros vetores.
*O texto conta com informações da CGCOM/CAPES
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